[Podcast] Desafios da logísitca no setor aerportuário
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[Podcast] Desafios da logísitca no setor aerportuário

Publicado em: 05/02/2024

No terceiro episódio do podcast “Segurança empresarial na prática”, o Diretor de Negócios da ICTS Security, Saulo Chaves, conversou com Fabio Lima, Coordenador Cargo Security na Azul, sobre o transporte de cargas no setor aeroportuário.  

Neste programa, foram discutidos alguns dos desafios da área, o impacto gerado pelo comportamento do consumidor e outros assuntos relacionados ao panorama atual da segurança em transporte por aeronaves.  

Neste artigo, ressaltamos alguns dos temas discutidos no episódio e te convidamos para ouvir o programa na íntegra – os links estão disponíveis no final do conteúdo.  

Transporte de cargas no setor aeroportuário e o comportamento do consumidor 

Nosso convidado desse terceiro episódio, Fábio Lima, destaca, logo no início, a importância de pensar o comportamento antes da pandemia da Covid-19 e depois. Houve uma mudança importa e há mais segurança no processo das compras virtuais. A exigência para um tempo menor de entrega, subiu muito.  

“Isso mudou o comportamento do transporte de cargas aéreas”, explica, isso porque “se o consumidor compra mais, ele também quer receber os produtos com mais agilidade”. Para que isso aconteça, as empresas precisaram se reinventar. O transporte de cargas pela via aérea ganhou mais relevância nesse processo.  

“Para não atrasar esse voo, e para proteção da carga, o transporte da carga é todo cronometrado”, explica Fábio Lima, “ela não pode ficar exposta na área restrita de segurança”. Esse horário é sempre contabilizado e anotado, assim como os nomes dos responsáveis pelo envio e recebimento e todos os envolvidos no processo de levar a carga até a aeronave.  

Isso significa que, na segurança dos produtos que vão ser transportados, existem diversas etapas de monitoramento e conferência, para garantir que tudo saia conforme o planejado.  

Desafio do transporte de cargas no setor aeroportuário 

Profissional de segurança que trabalha na área restrita. Vigilantes que trabalham nessa área. Basicamente são esses 3 tipos de profissionais, e para trabalhar numa área restrita, eles todos precisam de credencial aeroportuária e, para isso, precisam de alguns requisitos. Esses profissionais trabalham, são certificados, por uma questão de força normativa, mas é só isso que o mercado precisa? A certificação básica para cumprir os requisitos da ANAC?  

Hoje, para Fábio, está muito claro que não, as empresas vão além, e indica a necessidade de uma formação em prevenção de perdas. “Mas porque que eles não são formados? Porque essa é uma exigência recente do mercado, então não deu tempo ainda de se atualizar”.  

Como já mencionamos, a Covid-19 gerou um impacto no comportamento dos consumidores, o que fez com que as empresas de transporte aéreo fossem mais requisitadas com o objetivo de levar a carga de um ponto a outro em menos tempo. Contudo, essa é uma mudança muito recente e o setor ainda está passando por adaptações.  

Como explica Fabio, os profissionais continuam tendo apenas a formação exigida legalmente, sem um desenvolvimento extra, apesar o avanço do mercado e das novidades. Essa formação, contudo, já não atendem as necessidades da operação. Por isso, esse é um dos desafios – ter essa mão de obra preparada.  

Cabe ressaltar ainda, que o mercado aeroportuário é bem exigente. Estamos falando de grandes grupos, empresas de artigos de luxo, vários itens. São grandes empresas que fazem comercio eletrônico e tem uma gama de produtos. O nível de exigência é grande, a legislação é importante e gera uma proteção ampla ao consumidor, que é conhecer dos seus direitos.  

Nesse contexto, o consumidor exige da empresa, a empresa exige da logística. Como vou ter essa resposta rápida: pessoas proativas, preparadas e tecnologias. “Isso é o que vai te fazer dizer ‘eu to no jogo’”  

Outro desafio apontado por Fábio é a necessidade do avanço tecnológico nas rotas de carga – é algo que falta no setor. Hoje, o transporte da carga dentro do aeroporto não possui rastreamento. As câmeras de segurança são vigiadas pela Receita Federal, não pelas empresas. Por isso, cabe a elas realizarem esse controle de outra forma.  

E o desafio é enorme, afinal, são centenas de voos diários, cerca de 116 terminais de carga. O funcionamento da operação acontece em nível nacional, com uma série de atores envolvidos e diferentes cenários em cada cidade, com diferentes tipos de aeronave e produtos a serem transportados. O gestor de logística precisa ter tudo isso no seu planejamento.  

Ouça ao episódio sobre transporte de cargas no setor aeroportuário 

O setor aeroportuário apresenta um nível de complexidade muito único, com diferentes atores envolvidos no processo de segurança, abarcando desde outras empresas privadas até entes públicos, como a Receita e a Polícia Federal. Nesse processo, soma-se ainda às alterações do mercado, como a exigência dos consumidores por mais velocidade na entrega.  

Com um cenário como esse, o gestor de logística nessa área, cada vez mais conta com a tecnologia como sua aliada. Nosso convidado, Fábio Lima, aponta a rastreabilidade como a questão fundamental para o setor. Isso é importante não apenas para a própria empresa ter controle sobre a carga, quanto caso seja necessário acionar o poder público para auxiliar em qualquer questão. Com mais informações para auxiliar nas atividades, maiores as chances de sucesso na operação.  

Para entender melhor toda essa discussão, e saber outros temas relevantes relacionados ao transporte de cargas no setor aeroportuário, confira o episódio completo:  

 

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