A ICTS Security tem uma novidade: estamos lançando o podcast “Segurança empresarial na prática”! A cada semana, vamos ter uma conversa com quem está transformando o nosso mercado, colocando a mão na massa e que, na prática, faz segurança empresarial agregando valor aos negócios.
E já começamos com chave de ouro! No primeiro episódio falamos com o Anderson Fagundes, Head of Loss Prevention Transportation, o Adriano Mizuguti, Gerente de Loss Prevention, do Mercado Livre sobre “Como a segurança se tornou estratégica para a Logística?”
Alguns temas que foram discutidos no episódio são:
- Risco Brasil e Matriz de Transportes – desvirtuação e subutilização do uso de modais logísticos;
- Segurança Pública e Segurança Empresarial – boas práticas de relacionamento institucional;
- Mitigação das Vulnerabilidades e Ameaças por meio da Segurança Empresarial como vantagem competitiva;
- Redução de riscos de desastres, gestão de crises e ESG;
- Perfil do gestor de segurança na operação Logística.
A seguir, explicamos melhor o objetivo do podcast e apresentamos o nosso apresentador! Confira também como serão os primeiros episódios e alguns destaques desse primeiro episódio.
Conheça o podcast “Segurança na Prática”
O podcast “Segurança na prática” é uma iniciativa da empresa ICTS Security. Somos uma consultoria em gestão de segurança de origem israelense com 30 anos de experiência e atuação nos mais diferentes setores”. Com inteligência e gestão em soluções de segurança, nos tornamos a área mais estratégica dentro das empresas.
Pensando nisso, o podcast busca promover e gerar mais consciência sobre a área, ressaltando também a sua relevância estratégica para os negócios, inclusive como fator competitivo. Para atingir esse objetivo, vamos entrevistar grandes nomes do setor para falar sobre temas relevantes e compartilhar a sua experiência.
É um bate papo com quem está transformando o nosso mercado, colocando a mão na massa e que, na prática, faz segurança empresarial agregando valor aos negócios.
Os episódios terão frequência mensal e, por enquanto, estão disponíveis no YouTube e Spotify. A apresentação é feita por Saulo Chaves, Diretor de Negócios aqui na ICTS Security com 25 anos de carreira no setor de segurança.
Primeira temporada: setor de logística
Iniciamos nosso podcast com maior foco no setor de logística que, no Brasil, é responsável por movimentar milhões de reais, além de apresentar uma grande perspectiva de crescimento. Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o setor privado vai investir R$ 124,3 bilhões em transporte e logística de 2022 e 2026
Neste primeiro episódio, conversamos com dois profissionais importantes da área:
- Anderson Fagundes, Head of Loss Prevention Transportation do Mercado Livre;
- Adriano Mizuguti, Gerente de Loss Prevention do Mercado Livre.
Como a segurança empresarial e a logística atuam juntas de maneira estratégica?
Considerando esse cenário de grande relevância e ampla expansão do setor de logística, Saulo Chaves, nosso apresentador, questiona aos convidados: hoje, como a segurança empresarial atua dentro dos desafios do contexto brasileiro? Como estamos mais estratégicos?
Anderson Fagundes, Head of Loss Prevention Transportation do Mercado Livre, explica que as empresas trabalham com um trinômio: produzir, vender e entregar. “A empresa precisa completar esse trio para atender ao cliente – que é o principal foco”.
Para conseguir entregar um bom serviço nessas três áreas, a empresa deve considerar o que ele chama de “risco Brasil”. Vivemos em um país de proporção continental, grande parte do território está em áreas de fronteira – o que aumenta as dificuldades.
Além disso, também trabalhamos com os modais de forma desafiadora. Como explica Fagundes, 61% da malha logística do transporte brasileiro é rodoviário. Esse cenário cria situações que não foram pensadas para esse tipo de modal – como uma carga que sai do Rio Grande do Sul e leva uma semana para chegar ao destino, no Pará.
Ainda precisamos considerar os fatores da criminalidade. Somos um dos países com maior registro de roubo de carga, e atos números de contrabando e trânsito de produtos ilícitos, além de grandes números de acidentes. Tudo isso em um contexto de dificuldade dos mecanismos de segurança pública, que não conseguem atuar de forma eficiente em todas as frentes.
Esse é o cenário que a logística enfrenta.
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Desafio do transporte de cargas no setor aeroportuário
Profissional de segurança que trabalha na área restrita. Vigilantes que trabalham nessa área. Basicamente são esses 3 tipos de profissionais, e para trabalhar numa área restrita, eles todos precisam de credencial aeroportuária e, para isso, precisam de alguns requisitos. Esses profissionais trabalham, são certificados, por uma questão de força normativa, mas é só isso que o mercado precisa? A certificação básica para cumprir os requisitos da ANAC?
Hoje, para Fábio, está muito claro que não, as empresas vão além, e indica a necessidade de uma formação em prevenção de perdas. “Mas porque que eles não são formados? Porque essa é uma exigência recente do mercado, então não deu tempo ainda de se atualizar”.
Como já mencionamos, a Covid-19 gerou um impacto no comportamento dos consumidores, o que fez com que as empresas de transporte aéreo fossem mais requisitadas com o objetivo de levar a carga de um ponto a outro em menos tempo. Contudo, essa é uma mudança muito recente e o setor ainda está passando por adaptações.
Como explica Fabio, os profissionais continuam tendo apenas a formação exigida legalmente, sem um desenvolvimento extra, apesar o avanço do mercado e das novidades. Essa formação, contudo, já não atendem as necessidades da operação. Por isso, esse é um dos desafios – ter essa mão de obra preparada.
Cabe ressaltar ainda, que o mercado aeroportuário é bem exigente. Estamos falando de grandes grupos, empresas de artigos de luxo, vários itens. São grandes empresas que fazem comercio eletrônico e tem uma gama de produtos. O nível de exigência é grande, a legislação é importante e gera uma proteção ampla ao consumidor, que é conhecer dos seus direitos.
Nesse contexto, o consumidor exige da empresa, a empresa exige da logística. Como vou ter essa resposta rápida: pessoas proativas, preparadas e tecnologias. “Isso é o que vai te fazer dizer ‘eu to no jogo’”
Outro desafio apontado por Fábio é a necessidade do avanço tecnológico nas rotas de carga – é algo que falta no setor. Hoje, o transporte da carga dentro do aeroporto não possui rastreamento. As câmeras de segurança são vigiadas pela Receita Federal, não pelas empresas. Por isso, cabe a elas realizarem esse controle de outra forma.
E o desafio é enorme, afinal, são centenas de voos diários, cerca de 116 terminais de carga. O funcionamento da operação acontece em nível nacional, com uma série de atores envolvidos e diferentes cenários em cada cidade, com diferentes tipos de aeronave e produtos a serem transportados. O gestor de logística precisa ter tudo isso no seu planejamento.
Segurança corporativa, pública e ESG
Como ressalta o apresentador Saulo Chaves, a segurança corporativa se torna um importante pilar para a logística justamente em cenários em que a segurança pública tem dificuldades. O que Fagundes ressalta que, a questão da segurança está associada aos compromissos de ESG.
Assim como uma empresa segue determinadas diretrizes para comprovar a sua gestão ambiental e conquistar uma certificação de ISO, ela também pode estrar comprometida com a segurança e em apoiar as autoridades públicas.
“Quando você chega na autoridade e fala: ‘a realidade da minha operação é essa, eu tenho esses problemas, como eu posso contribuir?’. Geralmente você pode contribuir com informações”, explica. Esse engajamento também pode ser buscado no apoio à outras empresas.
É por isso também que é tão importante ter a figura responsável pelo planejamento da segurança considerando as características de cada contexto. Nesse momento é e uma consultoria especializada, por exemplo, pode ajudar muito.
A preditividade utilizando dados na segurança empresarial e logística
Outro ponto importante relacionado à segurança empresarial e logística é o diferencial competitivo que a primeira pode gerar quando a empresa está desenvolvendo projetos de expansão e investimento. Saulo Chaves, da ICTS Security, falando sobre o serviço da consultoria, cita como alguns clientes já perceberam que a segurança está completamente atrelada à estratégia.
“Antes a segurança não ia nem pra mesa, não era uma área consultada”, explica. “Hoje, algumas empresas já enxergaram esse fator competitivo e estratégico e já falam ‘faz um estudo preliminar’”.
Essa análise vai ser feita, então, a partir de um processo de inteligência e análise de dados capaz de entender quais as possibilidades para aquele cenário apresentado pela empresa em determinado período de tempo futuro.