Panorama de roubo de carga na cadeia logística: confira o estudo da ICTS Security
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Panorama de roubo de carga na cadeia logística: confira o estudo da ICTS Security

Publicado em: 22/01/2024

O estudo “Panorama do roubo de carga na cadeia logística, realizado pela ICTS Security, apresenta os desafios e oportunidades relacionados a esse tipo de atividade nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O trabalho fornece uma análise detalhada dos padrões sazonais, das visões por microrregião com a utilização de inteligência geoespacial que nos permitem identificar as implicações econômicas e de segurança associadas ao roubo de carga na cadeia logística. 

O material, elaborado pelo nosso Hub de Inteligência, utiliza dados oficiais de Segurança Pública, análises geoespaciais e técnicas de inteligência artificial para identificar padrões, tendências e ameaças em tempo real ou proativamente, visando enfrentar os desafios de segurança em um ambiente em constante mudança.  

Clique aqui para baixar o estudo completo.

Neste artigo, você irá conferir alguns destaques do estudo, dados importantes e informações sobre o processo de elaboração deste material!    

Roubo de carga: destaques do estudo 

O roubo de carga emerge como um desafio significativo que impacta diretamente a economia nacional, acarretando perdas financeiras consideráveis e desencadeando efeitos adversos em diversos setores. Esta prática não apenas representa uma ameaça à segurança logística, mas também impacta nos bolsos de empresas e consumidores e no desenvolvimento econômico de forma geral.  

O estudo estaca dados essenciais do roubo de carga, tornando possível entender alguns comportamentos e tendências da mancha criminal, considerando a série histórica de dados oficiais de Segurança Pública de 2015 a 2022. Na região Sudeste está concentrada a maior parte da mancha criminal do roubo de carga no Brasil, com 84,5% dos casos, seguida das regiões Nordeste (6,5%) e Sul (4,8%). As áreas que representam menor incidência são Centro-Oeste (3,0%) e Norte (1,2%). 

Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro concentram os roubo de cargas no país. De acordo com dados levantados pelo estudo, 82% do total as ocorrências são provenientes desses estados.  

roubo de cargas por estado

Alteração das cidades com maior índice de roubo de carga 

O estudo traça também o panorama de microrregiões mais ofensoras dentro dos principais estados. No Rio de Janeiro, por exemplo, de janeiro a setembro de 2023, notou-se uma alteração no ranking, com a baixada fluminense tomando o primeiro lugar pela primeira vez na década, seguida pela capital. Somando o índice das duas microrregiões, o resultado foi a concentração de 91,4% dos casos registrados do estado. 

A cidade de São Paulo concentrou 47,1% dos casos no mesmo período. Há também um destaque para as microrregiões, com a alteração das cidades listadas entre as cinco com maiores índices de ocorrências. Campinas e São Bernardo do Campo, que estavam na lista, foram substituídas por dois municípios da baixada santista, São Vicente e Praia Grande, ambos conectadas ao Porto de Santos. 

Roubo de carga no Rio de Janeiro e a alteração do indicador 

O estudo ressalta como a alteração do indicador no estado afeta os números oficiais do delito no Rio de Janeiro e sua consequência para os operadores logísticos, pois a partir de janeiro de 2022 foi implementada uma nova definição que altera as manchas criminais oficiais, mas não reduz na prática o roubo de carga para os operadores logísticos.   

Como explicado em matéria no O Globo: “Quando a carga for roubada de veículos com menos de 1,5 tonelada, como motos e carros comuns que fazem entregas, a classificação poderá ser como roubo de rua ou veículo”. 

Veículos com menos de 1,5 toneladas só podem ser classificados como roubo de carga se cumprirem os critérios de:  

  • Apresentarem placa vermelha;  
  • Nota fiscal;  
  • Inscrição no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga;  
  • Seguro obrigatório de responsabilidade civil do transportador.  

Veículos com cargas roubadas que não seguem esses critérios podem ser categorizados como roubo de veículos ou de rua, e não como roubo de carga.

A implementação aconteceu em maio de 2023 e, a partir dessa data, o estudo demonstra que há uma queda abrupta no número de ocorrências de roubo de cargas a partir de maio de 2023. No mesmo mês os indicadores de roubo de veículos, atingiu seu maior valor. 

roubo de cargas rio de janeiro

 

Um dos diferenciais do estudo, além de ter trabalhado com um grande volume de dados, é que ele levantou questões relacionadas ao contexto das regiões analisadas. Este enriquecimento dos dados, permitiu uma análise mais precisa e gerou inúmeros insights e conclusões não tão óbvias, mas que são essenciais para o processo decisório de qualquer nível de gestão. Consequentemente, a tomada de decisão em relação à segurança e logística no transporte de cargas é mais assertiva e eficiente.   

Como o Hub de Inteligência elaborou o estudo?  

Poucos enxergam desta maneira, mas os indicadores de segurança pública são um dos maiores benchmarkings disponíveis. São as ocorrências concretizadas e com a geração de boletins de ocorrência, ou seja, casos com maior impacto.  

O monitoramento de riscos emergentes e de migração de manchas criminais quando cruzado com os dados do negócio, trazem resultados não só na mitigação de riscos operacionais, mas como na expansão dos negócios e liberação de novos PDVs (pontos de venda) e na distribuição e roteirização otimizada e segura.  

Com esses dados, a segurança passa a ser totalmente estratégica e relevante na discussão do negócio, impactando também nos custos dos transportes, gerando rentabilidade e atingindo a última camada que é o consumidor final.   

Dentro da ICTS Security, é desenvolvida no Hub de Inteligência. O Consultor Fernando Afonso, um dos autores material, explica que todo processo é feito a partir de um trabalho minucioso de inteligência de fontes abertas, a Open Source Intelligence, OSINT, e Data Analytics.  

Ele ressalta ainda que o resultado é obtido a partir do “cruzamento de milhares de dados de fontes distintas e algoritmos de análise e conceitos estatística aplicada. Sem estes recursos, compilar essa massa de dados seria inviável diante da necessidade de mitigação de riscos emergentes e das mudanças de cenários.”  

Neste sentido, o trabalho não é apenas de analisar os dados das fontes públicas, mas de saber como trabalhá-los e as tecnologias necessárias para produzir os insights obtidos no estudo.  

Fernando completa, “o que fazemos é que transformamos dados em informação e inteligência para a prevenção de ameaças e predição de cenários gerando planos de ações priorizados para cada negócio e operação.”   

Este direcionamento nos permite alocar as crises na linha do tempo, diferenciar o que foi uma crise no início do ano do que é uma crise emergente, trazendo o diagnóstico da migração das manchas criminais e tendências dos atrativos da atividade ilícita. Desta forma, no planejamento de recursos do cliente podemos direcioná-los de forma mais inteligente.   

Como estudo de caso, podemos exemplificar com o caso concreto de um cliente que analisava apenas o número absoluto de um certo evento. Isto é, a quantidade acumulada do ano por unidade, investindo recursos na unidade top 1 em roubos e tentativas.  

Porém, ao aplicar o método de monitoramento e análise de meses consecutivos, foi possível identificar que a crise desta unidade era apenas em dois meses do início do ano e que este padrão se repetia em sua série histórica. Nos demais meses, essa unidade caía para a quinta posição ou sequer aparecia no ranking.   

A mera análise de dados pelo acumulado não foi suficiente para entender a complexidade da operação. Por isso, muito mais que acesso aos dados, é essencial entender como eles devem ser trabalhados. 

Esse é o trabalho do Hub de Inteligência nas operações com nossos parceiros de negócios, pois cruzamos dados com a visão de cada cliente, projeto, segmento e vertical, o que nos permite determinar o real impacto diante de cada cenário específico.  

Com este trabalho de utilização estratégica e inteligente do uso de dados, ajudamos as empresas a terem um direcionamento otimizado e eficiente de recursos para a mitigação de riscos, tais como o furto e roubo de carga. 

Quer entender como podemos levar essa inteligência para a sua empresa?  

Clique aqui e solicite uma conversa com um especialista da ICTS Security.  

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